domingo, 9 de junho de 2013

As Árvores



As Árvores nascem e crescem na terra, agarram-se a ela (como se a sua vida disso dependesse), vivem tranquilamente da água dos minerais e do sol.
As Árvores têm o trabalho mais digno do mundo: filtram-nos o ar para que o possamos respirar e tudo isto sem pedir nada em troca, puro altruísmo! As Árvores são também dos seres vivos mais calados e serenos, duas grandes virtudes nos dias que correm
As Árvores são pequenas e grandes, esguías e largas, de folha caduca ou persistente, algumas dão frutos, outras não. São todas diferentes.
As Árvores se regadas com água saudável serão tão saudáveis quanto a água que se lhes puser, e morrerão da mesma forma se as regarmos com água menos pura ou se pura e simplesmente as deixarmos de regar.
As Árvores também têm momentos menos bons; não se vêem elas despidas no outono e no inverno? Mas as Árvores só têm um propósito: Crescer.

e que propósito nobre esse...

As Árvores são, de todos os seres vivos, o melhor exemplo de vida.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Banda Sonora

O Freunde, nicht diese Töne!
Sondern lasst uns angenehmere anstimmen
und freudenvollere!

Freude, schöner Götterfunken,
Tochter aus Elysium,
Wir betreten feuertrunken.
Himmlische, dein Heiligtum!
Deine Zauber binden wieder
Was die Mode streng geteilt;
Alle Menschen werden Brüder
Wo dein sanfter Flügel weilt.

Wem der grosse Wurf gelungen
Eines Freundes Freund zu sein,
Wer ein holdes Weib errungen,
Mische seinen Jubel ein!
Ja, wer auch nur eine Seele
Sein nennt auf dem Erdenrund!
Und wer's nie gekonnt, der stehle
Weinend sich aus diesem Bund.

Freude trinken alle Wesen
An den Brüsten der Natur;
Alle Guten, alle Bösen,
Folgen ihrer Rosenspur.
Küsse gab sie uns und Reben,
Einen Freund, geprüft im Tod;
Wollust ward dem Wurm gegeben,
Und der Cherub steht vor Gott!

Froh, wie seine Sonnen fliegen
Durch des Himmels prächt'gen Plan,
Laufet, Brüder, eure Bahn,
Freudig, wie ein Held zum Siegen.

Seid umschlungen, Millionen.
Dieser Kuss der ganzen Welt!
Brüder! Über'm Sternenzelt
Muss ein lieber Vater wohnen.
Ihr stürzt nieder, Millionen?
Ahnest du den Schöpfer, Welt?
Such ihn über'm Sternenzelt!
Über Sternen muss er wohnen.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Era uma vez

Virado a sul, tejo
vejo-te alongado até ao mar
Largo, pouco fundo
Povoado de cargueiros, cruzeiros

Rabelos?

imaginem que os cabos vermelhos
se entre cruzavam em braços cinzentos
se parte em dois tabuleiros
e de repente se chama Luiz primeiro.

O rei, esse que é cristo
derrete-se,
torna-se muralha da serra (do pilar).

As árvores viram casas e as margens estreitam-se,
o rio é agora mais profundo.
Atrás de mim, destas sete colinas, ergue-se o casario velho, colorido, torto, tosco...

Porto? és mesmo tu!?

O vento frio de norte que me bate nas costas, cheiroso a mar, denunciou-te.

Olho para trás, quase como se alguém me tivesse tocado o ombro e a brincar fugisse para o lado contrário.

Não te vejo, mas sei que estás aí

domingo, 5 de maio de 2013

Cinco do cinco

18:47, jardim de inverno, teatro S. Luíz

Hoje quero escrever. Quero tanto que nada me sai, ainda assim não deixo de tentar.

Já tenho um título e já fiz até um desenho...


Como se o mundo estivesse a passar e eu prestes a apanhá-lo


... foi assim que aconteceu hoje, como se estivesse à espera do eléctrico e sentisse que sendo o único na paragem, caso não estivesse atento à sua passagem, mesmo que ele anunciasse a sua chegada, passaria por mim... se não levantasse o braço pedindo delicadamente que parasse a jeito de me abeirar, de me deixar entrar nele, passaria sem que nada acontecesse. Exactamente isso.

Nada.

Inspiro

... levanto o braço de facto, delicadamente como disse à pouco. O gesto que à partida seria um banal movimento de uma parte do corpo, comum ao quotidiano de um qualquer banal ser-humano que aguarda pacientemente, ou não, por quem o leve, torna-se um aceno ao mundo.

Entrei

eu até já tinha passe...


domingo, 24 de junho de 2012

Ontem noite, hoje dia, de São João e do Porto

Pessoas amáveis, amistosas, amorosas, amantes, apaixonantes.

Céu iluminado de estrelas, balões e fogo. A cascata na ponte, evoco-te a ti Rui, que cantas cascata sanjoanina junto à serra do pilar. Desta e de outras vezes, essa cascata fervia. Era mesmo fogo, daquele que aquece almas e corações, reacende paixões e desperta desejos.

Aplausos aos morteiros.


Paro e olho em redor, famílias felizes, corredores e ciclistas vestidos a rigor, outros como eu, não. Vim a pedalar para te sentir respirar. Bafo marítimo, fresco, de cheiro a iodo, ouvir o atlântico acabar de ser mar na areia dura de seixos.


Distraí-me, perdi o fio à meada.


Quem aqui lê o que escrevo pode dizê-lo, e com razão, que tento sempre pôr-te em palavras. Gente boa, terra boa. Mar, rio, pontes e rebelos. Avenidas, ruas, casas e torres...


Declaro-me Tripeiro, e das tripas e de todas as outras entranhas sinto que aqui é o meu sítio!

Estava com saudades tuas.




segunda-feira, 26 de março de 2012

Voltei

ao Porto e aqui. Parece que só escrevo quando cá estou.

o jantar foi um simples bife com batatas fritas e ovo estrelado, que estava maternalmente saboroso.