sexta-feira, 10 de maio de 2013

Era uma vez

Virado a sul, tejo
vejo-te alongado até ao mar
Largo, pouco fundo
Povoado de cargueiros, cruzeiros

Rabelos?

imaginem que os cabos vermelhos
se entre cruzavam em braços cinzentos
se parte em dois tabuleiros
e de repente se chama Luiz primeiro.

O rei, esse que é cristo
derrete-se,
torna-se muralha da serra (do pilar).

As árvores viram casas e as margens estreitam-se,
o rio é agora mais profundo.
Atrás de mim, destas sete colinas, ergue-se o casario velho, colorido, torto, tosco...

Porto? és mesmo tu!?

O vento frio de norte que me bate nas costas, cheiroso a mar, denunciou-te.

Olho para trás, quase como se alguém me tivesse tocado o ombro e a brincar fugisse para o lado contrário.

Não te vejo, mas sei que estás aí

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