vejo-te alongado até ao mar
Largo, pouco fundo
Povoado de cargueiros, cruzeiros
Rabelos?
imaginem que os cabos vermelhos
se entre cruzavam em braços cinzentos
se parte em dois tabuleiros
e de repente se chama Luiz primeiro.
O rei, esse que é cristo
derrete-se,
torna-se muralha da serra (do pilar).
As árvores viram casas e as margens estreitam-se,
o rio é agora mais profundo.
Atrás de mim, destas sete colinas, ergue-se o casario velho, colorido, torto, tosco...
Porto? és mesmo tu!?
O vento frio de norte que me bate nas costas, cheiroso a mar, denunciou-te.
Olho para trás, quase como se alguém me tivesse tocado o ombro e a brincar fugisse para o lado contrário.
Não te vejo, mas sei que estás aí
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